segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Negócio da Trafigura em Angola - um relatório produzido pela organização não governamental Bern Declaration

A Trafigura é a terceira maior empresa suíça em termos de volume de negócios. De acordo com a Bern Declaration, altas figuras do regime em Angola beneficiaram de contratos de comércio de combustíveis, avaliados em mais de 4,2 mil milhões de dólares americanos, nomes como a do General Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, conselheiro especial de Hélder  Vieirra Dia Jr. “ Kopelipa” chefe da casa militar da presidencia da republica são citados neste relatório.

Mais informações podem ser lidas em: http://www.dw.de/ong-su%C3%AD%C3%A7a-questiona-neg%C3%B3cios-da-trafigura-em-angola/a-16586735;     

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Será que o Presidente José Eduardo dos Santos Violou a Constituição?

Será que o Presidente violou a Constituição ao aprovar o Fundo Soberano Angolano (FSDEA) sem ser aprovado antes pela Assembleia Nacional?                          
Esta é a pergunta que o Tribunal Constitucional de Angola terá de responder nas próximas semanas.
 
Did the President violate the Constitution when he approved the Fundo Soberano Angolano (FSDEA) without prior approval from the National Assembly?
This is the question the Constitutional Court of Angola will be answering in the next few weeks.
Link do Fundo Soberano de Angola: http://www.fundosoberano.ao
 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Normas de participação no blog “O petróleo Também é Meu!”

A secção de comentários permite a sua participação, uma vez que pode expressar suas opiniões sobre o conteúdo que será postado por diferentes autores. Qualquer pessoa que insira um comentário assume a responsabilidade pelo material publicado neste blog. Estas regras básicas também se aplicam aos comentários postados na página de Facebook da Campanha “O petróleo também é meu!” (http://www.facebook.com/pages/O-Petr%C3%B3leo-Tamb%C3%A9m-%C3%A9-Meu/411560595596996)

Está convidado para um debate aberto, mas por favor, mantenha seus comentários focados no tema para discussão e respeite a diversidade de opiniões.


Bem-vindo ao blog “O petróleo Também é Meu!”


O objectivo deste espaço é de proporcionar informações, oferecer uma análise independente e facilitar um debate informativo sobre a indústria petrolífera em Angola. O blog é parte de uma campanha nacional que visa promover uma gestão responsável, transparente e sustentável da indústria petrolífera em Angola.

 
Para Angola, o petróleo é absolutamente fundamental, uma vez que tem sido o grande motor do crescimento económico, representa para cerca de 50% do PIB, 95% das exportações totais do país, nos últimos 3 anos a produção petriolífera esteve a volta dos 640 milhões de barris anuais. As reservas petrolíferas estão avaliadas entre 13,2 e 13,5 milhões de barris[1]. Sendo o segundo produtor da Africa Subsaariana, os principais destinos das exportações petrolíferas são a China e os EUA. Com o alto preço do petróleo no mercado mundial, isso equivale a grandes receitas para o país, mas existem dúvidas sobre a boa gestão destas receitas[2].

Os bilhões de dólares em receitas petrolíferas passam através da Sonangol – a empresa petrolífera estatal – são reinvestidas e distribuídas desigualmente pelo sectores socio-económicos do país. Não se consegue compreender como é que um país que é um dos maiores produtores de petróleo de Africa apresenta os seguintes indicadores sociais de acordo com o IBEP[3]: apenas 8,5% da população em Angola tem torneira na sua residência ligada a rede de distribuição de águas, ou seja 91,8% da população tem acesso a água potável de fontes alternativas, 59,6% da população tem acesso ao saneamento básico apropriado e apenas 27,4% da população tem acesso a energia electrica.
As empresas multinacionais em Angola recebem praticamente passe livre no que diz respeito aos danos ambientais e socias causados pela sua actividade de exploração, uma vez que não existe ainda regulamentos especificos que as responsabilize pelos danos causados ao meio ambiente. A questão de governação e transparência do sector petrolífero são divergentes, e variam de fonte para fonte, mesmo incluindo as fontes nacionais[4]. As comunidades que vivem em regiões a onde o petroleo é produzido, têm tido muitos problemas com a exploração tais como impactos ambientais, a escassez de peixe, entre outros problemas que têm sido ignorados.
O petróleo de Angola é de todos os angolanos e é nosso direito exigir que haja transparência e responsabilidade na gestão deste recurso para assegurar que as receitas do petróleo beneficiem igualmente todos os angolanos.


[1] Cfr. Relatório Económico de Angola. CEIC 2012.
[2] Cfr. Relatório Receitas Petrolíferas em Angola, Muito Mais Informação, Mas Sem Transperência Suficiente.
[3] Inquérito Integrado sobre o Bem Estar da População
[4] Cfr. Relatório Receitas Petrolíferas em Angola, Muito Mais Informação, Mas Sem Transperência Suficiente.