The
Times
Publicado
26 de Abril 2013
A BP
tem utilizado um dispersante tóxico, Corexit, que é proibido na Grã-Bretanha,
tendo o mesmo dispersante sido utilizado após o desastre do Golfo do México,
um grande derrame offshore. De acordo com o presidente regional da BP
Angola, Martin Morris, o grupo tem Corexit suficiente armazenado em Angola para
lidar com 50 mil barris por dia de derrame, durante dez dias.
A BP
deverá produzir mais petróleo offshore durante este ano em Angola do que no
Golfo do México. A BP planeja uma grande campanha de perfuração em águas
profundas do próximo mês de Abril em blocos "pré-sal" – assim
chamados porque as jazidas de petróleo estão por baixo de uma grossa crosta de
sal no subsolo marinho.
Jackie
Savitz, vice-presidente adjunto da campanha nos EUA no grupo ambientalista
Oceana, disse: "Os dispersantes são tóxicos. Eles oferecem uma falsa
sensação de segurança. Corexit não fez o derrame no Golfo do México
desaparecer, pois somente mudou a maneira como aparecia". Ela admitiu que
era difícil provar o impacto que o dispersante tem, mas acrescentou: "As
pessoas não aceitam que não esta bem despejar produtos químicos tóxicos no
ambiente aquático natural aonde nós temos a nossa comida."
Cerca
de três milhões de litros do produto químico tóxico foram despejados no Golfo
após o desastre da plataforma Deepwater Horizon, há três anos. A BP acredita
que o Corexit quebrou a mancha, impedindo que o petróleo atingisse a costa da
Louisiana em grandes quantidades. Mas pouco se sabe sobre o impacto ambiental
de longo prazo do uso do produto químico tóxico em uma escala sem precedentes,
e a questão tem dividido os cientistas.
A
Agência de Protecção Ambiental, órgão regulador dos EUA, deu a BP 24 horas em
Maio de 2010 para encontrar uma alternativa menos tóxica, mas a empresa disse
que Corexit foi o dispersante menos prejudicial e adequando. Logo depois, a EPA
ordenou a BP a cortar o uso de Corexit até 75%. O organismo mais tarde liberou
estudos científicos que mostram que Corexit não era mais ou menos tóxicos do
que os oito outros dispersantes alternativos que também foram testados.
A BP
reforçou sua resposta a um derramamento de petróleo desde então. A Empresa
agora tem um dispositivo de nivelamento concebido para lidar com qualquer caso
de derrame em Angola. Mas já que isso pode levar cerca de 30 dias para
implantar, a empresa, no entanto, tem que usar grandes quantidades de
dispersante.
Morris
disse: "Nós temos um grande volume de dispersante disponível no caso de um
problema. É a mesma coisa que usamos no Golfo do México. Eu não estou ciente de
haver nada melhor no mercado de momento.
"
Bob
Dudley, chefe executivo da BP, defendeu o uso de Corexit na recente reunião
anual do grupo, dizendo que foi aprovado pela EPA, com autoridades dizendo que
os níveis de toxicidade não foram piores do que xampu comum.
Mas os ambientalistas
argumentam que, apesar do dispersante ajudar a manter o petróleo fora da
superfície do mar, as substâncias químicas que contém podem ser prejudiciais a vida marinha e a cadeia alimentar marinha.
(Traduzido do original em Inglês.)
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