quinta-feira, 11 de abril de 2013

Angola leiloa este ano blocos petrolíferos


Angola vai realizar leilão de blocos de exploração de petróleo onshore (em terra), este ano, anunciou na quarta-feira, em Lu­anda, o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos.

O governante, que falava à margem do encontro com o ministro uruguaio dos Negócios Estrangeiros, Luis Almagro Lemes, considerou oportuno o interesse daquele país sul-americano em investir na produção petrolífera em Angola. “As negociações continuam e logo que se chegue a um acordo, o desejo será implementado”, reforçou. Botelho de Vasconcelos disse que a disponibilidade do Uruguai em investir no petróleo angolano é necessária. “As intenções da compra do petróleo estão a ser analisadas entre os dois países e daremos apoio institucional para que possa vir a acontecer”, assegurou. O ministro uruguaio reiterou o interesse de o seu país importar petróleo angolano nos próximos tempos, após as negociações em curso e “muito próximas de alcançar os seus objectivos”. O Uruguai prevê fazer carregamentos anuais, numa média de quatro navios, contendo cada um deles entre 900 e um milhão de barris.

Além do interesse no sector dos petróleos, por parte de Uruguai, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que o seu país também pretende emergir na cooperação industrial e ter uma nova perspectiva energética com Angola. Angola realizou a Última licitação de 11 blocos no pré-sal em 2011, na faixa marítima entre as bacias do rio Congo e Kwanza, numa operação disputada por numerosas multinacionais. Ao contrário de 2011, o foco deste segundo leilão de licenças de exploração do pré-sal, que abrange 15 blocos, é a produção onshore. Uma fonte da Sonangol revelou que dez dos 15 blocos estão localizados na Bacia do Soyo e cinco na Bacia do Kwanza, para os quais se pretende atrair pequenas e médias empresas. O onshore angolano é composto pelas partes terrestres das bacias do Congo, Kwanza, Benguela, Namibe e pelas bacias interiores de Kassanje, Okawango e Owango. Na fase actual, a Única bacia em produção é a do Baixo Congo, da parte terrestre do Congo, também denominada área do Soyo.

A Bacia do Congo encontra-se em fase de exploração, estando dividida em dois blocos petrolíferos: o Cabinda Norte, cujo operador é a Sonangol Pesquisa & Produção, e o Cabinda Sul, que tem a Rakoil como operador.  A zona do Soyo tem sido operada pela companhia francesa Total. Na Bacia do Kwanza, vão ser admitidos a concurso pÚblico para licenciamento dois novos blocos o 11 e o 12, e feitos estudos de exploração, estando prevista a realização, pela Sonangol, de trabalhos de sísmica 2D.
Em relação às Bacias de Benguela e do Namibe, ambas desenvolvem trabalhos de exploração, com a recolha de amostras e reconhecimento geológico.
Nas Bacias interiores de Kassanje, Okawango e Owango iniciaram-se em 2006 os estudos de reconhecimento geológico, estando agora em curso estudos aerogravimétricos em toda a extensão das bacias, cerca de 100 mil quilómetros quadrados, com o objectivo de analisar o potencial de produção. 
Fonte: Angola 24 horas


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